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  • greicebarros

O Eu-Eu

Nos textos antigos é possível ler: Nós somos dois. O pássaro que bica e o pássaro que olha. Um vai morrer, um vai viver. Preocupados em bicar, e embriagados com a vida dentro do tempo, esquecemos de fazer viver aquela parte de nós que olha. Então, há o perigo de existir apenas dentro do tempo e, de modo algum, fora do tempo. Sentir-se olhado por essa outra parte de si (aquela que parece estar fora do tempo) traz outra dimensão. Existe um Eu-Eu. O segundo Eu é quase virtual; não é – dentro de você – o olhar dos outros ou qualquer tipo de julgamento. É como um olhar imóvel: presença silenciosa, como o sol que ilumina as coisas – e isso é tudo. O processo só pode ser realizado no contexto dessa presença imóvel. Eu-Eu: na experiência, a dupla não aparece como separada, mas como plena, única.

Jerzy-Grotowski_ed14_eRevistaPerformatus
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  • Léo Taques


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  • Foto do escritorBia Figueiredo


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